quinta-feira, 25 de junho de 2009

Amigos


Ontem, num pequeno passeio à beira-mar, encontrei amigos que não esperava naquela hora... Palavra puxa palavra... e fui convidada para ir jantar "lá a casa", comemorar o São João, diziam eles, mas sem sardinhas:) Fui!!

À hora do jantar íamos nós a caminho com as compras ainda no carro.

Chegámos... Lava-se louça, prepara-se o grelhador para o seu grande dia de estreia,...o cozinheiro pôs mãos à obra e a obra nasce: carnes grelhadas, as salsichas da Catarina, migas à moda do Isaac,..., e um pão de ló divinal...
Jantámos à hora da ceia:) E que bem que soube!
Pôs-se a conversa em dia, registaram-se momentos para recordar...Tinha saudades vossas.
Éramos quatro...dos bons, embora em pensamento fôssemos pelo menos cinco! No fim toma-se um café e volta-se a casa de alma aquecida. Que bom que ainda há verdadeiros jantares/ceia de amigos...!Que bom que existem!! Beijos a todos.

domingo, 14 de junho de 2009

Domingo


Estou na manhã de mais um Domingo...
Desde criança que o Domingo não é o meu dia de eleição.
Já acordei há algum tempo.
Vim sentar-me aqui, fazendo o que não é suposto fazer-se a um Domingo, mas vim.
Tenho à minha volta os papéis, os cadernos, e à frente este computador. Trabalho!
Por momentos parei. Procuro a concentração que não consigo.
A cabeça parece fervilhar de tantas coisas que vou apontando para não esquecer. Por vezes não sei por onde começar nem prevejo o fim...
O lado profissional começa a ser inundado pelo meu EU que quer mostrar que está ali e não se cala.
Lembra-me do labirinto que pareço ser e das portas que não consigo encontrar... As janelas que se abrem e num instante me deixam a olhar para elas, já fechadas.
Serão tão complicados os corredores que me percorrem? Ou tão difícil o caminho por eles...?
Sou eu... Se derrubar muitas das paredes deixo de ser eu... Deixo de ter os meus... os nossos recantos!...
Bj


sexta-feira, 22 de maio de 2009

Fui devagarinho
com medo de falhar
não fosse esse o caminho certo
para te encontrar
fui descobrindo devagar cada sorriso teu
fui aprendendo a procurar
por entre sonhos meus

Eu fui assim chegando
sem entender porquê já
foram tantas vezes
tantas, assim como esta vez
mas é mais fundo o teu olhar
mais do que eu sei dizer
é um abrigo para voltar
ou um mar para me perder.

Cá fora, o vento nem sempre
sabe a liberdade
a gente finge mas sabe que não é verdade
foge ao vazio
enquanto brinda, dança e salta
eu trago-te comigo
sinto tanto, tanto a tua falta.

Eu fui entrando, pouco a pouco
abri a porta e vi
que havia lume aceso e um lugar para mim
quase me assusta descobrir
que foi esse amor
que a vida inteira procurei
entre a paixão e a dor.

Cá fora, o vento nem sempre
sabe a liberdade
a gente perdida balança entre o sonho e a verdade
foge ao vazio
enquanto brinda, dança e salta
eu trago-te comigo
sinto tanto, tanto a tua falta.

Cá fora, o vento nem sempre, sabe a liberdade
a gente perdida balança entre o sonho e a verdade
foge ao vazio
enquanto bebe, dança e ri
eu trago-te comigo
e guardo este abraço só pra ti.

domingo, 10 de maio de 2009

Raízes


"Tu eras também uma pequena folha que tremia no meu peito.

O vento da vida pôs-te ali.

A princípio não te vi: não soube que ias comigo,

até que as tuas raízes atravessaram o meu peito,

se uniram aos fios do meu sangue,

falaram pela minha boca,

floresceram comigo."


Pablo Neruda

domingo, 5 de abril de 2009

Não sabes







A Ilha dos sentimentos


"Era uma vez uma ilha onde moravam todos os sentimentos. A alegria, a tristeza, a vaidade, a sabedoria, o amor e outros. Um dia, avisaram os moradores desta ilha que ela seria inundada. Apavorado, o amor cuidou para que todos os sentimentos se salvassem. Ele disse: fujam a ilha será inundada.
Todos correram e pegaram nos barquinhos para irem a algum lugar do morro, bem alto e seguro. Só o amor não se apressou. Ele queria ficar um pouco mais com sua ilha.
Quando estava quase a afogar-se, correu para pedir ajuda.
Vinha vindo a riqueza e ele disse: Riqueza levas-me contigo? Não posso, o meu barco está cheio de prata e ouro, tu não cabes".
Passou então a vaidade e ele pediu: Vaidade levas-me contigo? Não posso, vais sujar o meu barco.
Passou a tristeza. Tristeza , posso ir contigo?
Ah! Amor, eu estou tão triste que prefiro ir sozinha.
Passou a alegria, mas a alegria estava tão alegre que não viu o amor.
Já desesperado e achando que ia ficar só, o amor começou a chorar.
Então, passou um barquinho com um velhinho que falou: Sobe amor, eu te levo.
O amor ficou tão feliz que até esqueceu de perguntar o nome do velhinho.
Chegando no morro alto, perguntou à sabedoria: Sabedoria, quem era o velhinho que me trouxe até aqui?
O tempo. O tempo? Mas por que só o tempo me trouxe até aqui? Porque só o tempo é capaz de ajudar a entender...
UM GRANDE AMOR."

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Quando eu quero falar com Deus...




"Quando quero falar com Deus, eu apenas falo.
Quando eu quero falar com Deus, às vezes me calo... "

quarta-feira, 1 de abril de 2009

"Lágrimas Ocultas"


Se me ponho a cismar em outras eras
Em que ri e cantei, em que era querida,
Parece-me que foi noutras esferas,
Parece-me que foi numa outra vida...

E a minha triste boca dolorida,
Que dantes tinha o rir das primaveras,
Esbate as linhas graves e severas
E cai num abandono de esquecida!
E fico, pensativa, olhando o vago...

Toma a brandura plácida dum lago
O meu rosto de monja de marfim...
E as lágrimas que choro, branca e calma,
Ninguém as vê brotar dentro da alma!
Ninguém as vê cair dentro de mim!

Florbela Espanca

sábado, 17 de janeiro de 2009

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

O meu Pipoca..... :(


Hoje mais uma vez amanheci numa esperança... a de que a manhã tivesse trazido o "Pipoca" com ela.
O Pipoca é um gatinho que foi acolhido enquanto bebezinho! Desde os primeiros diazitos que ter-se-á perdido da mãe...Estava cá em casa há três mesitos e deve ter talvez uns cinco...Guardava ainda o vício de "xuxar" quem o acarinhava, como se da mãe se tratasse, ainda que isso o fizesse um "melguinha". Era um gato cheio de mimo e com muito carinho para dar. Amoroso e melado. Com o nosso gatinho mais velho, o seu mestre, aprendeu a dar umas escapadelas até às casas dos vizinhos, onde as crianças o adoravam.
Faz hoje 3 dias que não o voltámos a ver, depois do leitinho matinal. Procurámos tudo...e nada! Sei que não é uma pessoa e pode parecer estranho a quem não nutre afecto por animais, mas sinto tanto a falta dele... :(

Até a casa está mais silenciosa...

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Um Natal pode-se fazer de coisas simples...



Para além de tudo que vem compondo o meu Natal de há uns anos para cá, este ano, no sapatinho, tinha algo de muito especial ...


Fica registado para a eternidade!!


Obrigada de coração e o nosso abraço!


domingo, 7 de dezembro de 2008

Ser feliz...




"(...)

Ser feliz é reconhecer que vale a pena ViVer, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.


Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história.


É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma.

É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.

Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.

É saber falar de si mesmo.

É ter coragem para ouvir um "não".

É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.

Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo..."



Fernando Pessoa

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