sexta-feira, 22 de maio de 2009

Fui devagarinho
com medo de falhar
não fosse esse o caminho certo
para te encontrar
fui descobrindo devagar cada sorriso teu
fui aprendendo a procurar
por entre sonhos meus

Eu fui assim chegando
sem entender porquê já
foram tantas vezes
tantas, assim como esta vez
mas é mais fundo o teu olhar
mais do que eu sei dizer
é um abrigo para voltar
ou um mar para me perder.

Cá fora, o vento nem sempre
sabe a liberdade
a gente finge mas sabe que não é verdade
foge ao vazio
enquanto brinda, dança e salta
eu trago-te comigo
sinto tanto, tanto a tua falta.

Eu fui entrando, pouco a pouco
abri a porta e vi
que havia lume aceso e um lugar para mim
quase me assusta descobrir
que foi esse amor
que a vida inteira procurei
entre a paixão e a dor.

Cá fora, o vento nem sempre
sabe a liberdade
a gente perdida balança entre o sonho e a verdade
foge ao vazio
enquanto brinda, dança e salta
eu trago-te comigo
sinto tanto, tanto a tua falta.

Cá fora, o vento nem sempre, sabe a liberdade
a gente perdida balança entre o sonho e a verdade
foge ao vazio
enquanto bebe, dança e ri
eu trago-te comigo
e guardo este abraço só pra ti.

domingo, 10 de maio de 2009

Raízes


"Tu eras também uma pequena folha que tremia no meu peito.

O vento da vida pôs-te ali.

A princípio não te vi: não soube que ias comigo,

até que as tuas raízes atravessaram o meu peito,

se uniram aos fios do meu sangue,

falaram pela minha boca,

floresceram comigo."


Pablo Neruda

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